terça-feira, 31 de maio de 2011

História da cidade de Leiria

A cidade de Leiria foi ocupada antes por vários povos, entre os quais se destacaram os romanos, tendo sido elevada por D. João III, a diocese a 22 de Maio de 1545 e a cidade a 13 de Junho do mesmo ano. As pedras da antiga cidade romana foram usadas na ,Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda podemos ver pedras com inscrições romanas.
A Leiria moura foi capturada em 1135 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, durante a chamada Reconquista. Esta localidade foi rapidamente retomada pelos mouros em 1137, e mais tarde em 1140. Em 1142, Afonso Henriques reconquistou Leiria, surgindo então o primeiro foral , atribuído para estimular a colonização da área.
Houve um esforço de ambas as partes para reconstruir as muralhas e o castelo da vila. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade, mas já no século XII uma parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no último quartel do século XII, servia a freguesia exterior às muralhas. As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254, durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre. O rei alargou a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa atlântica. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram os Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região.
Em 1411, D. João I permitiu a instalação de um moinho de papel (actualmente museu) para a fabricação deste material.
No final do século XV, o rei D. João I construiu um palácio real dentro das muralhas do castelo. Este palácio, com bonitas galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído no século XX. D. João I foi também o responsável pela reconstrução da Igreja de Nossa Senhora da Pena, localizada dentro do castelo.
Em meados do século XV, a cidade continuou a evoluir, ocupando a área que se estende desde a colina do castelo até ao rio Lis. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em 1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando-se sede da diocese de Leiria. A Sé Catedral de Leiria foi construída na segunda metade do século XVI, numa mistura dos estilos renascentista e maneirista.  A bacia hidrográfica do Lis é das zonas com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. Actualmente estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de silex, inúmeros seixos talhados ( na Quinta do Cónego nas Cortes, na mata dos Marrazes atrás do Bairro Sá Carneiro) e pinturas rupestres (estas na praia do Pedrógão e no vale do Lapedo). De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional.
 No século XX, deu-se o desenvolvimento de indústrias diversas, levando a um grande desenvolvimento da cidade e da sua região.
Durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, ultrapassada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma incrível, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.