segunda-feira, 6 de junho de 2011

Monumentos

Castelo de Leiria
  Apesar do grande crescimento que Leiria conheceu a partir da década de 60, o Castelo continua  a ser a grande atracção turística a nível arqueológico, histórico e arquitectónico.
O Castelo  ritmou o pulsar das vivências de Leiria, quer ao longo da Idade Média,  quer nos finais do século XIX e princípios deste século com o seu restauro.
Antigamente , diria-se que à sombra do Castelo surgiu uma tradição poética, a qual inspirou ainda Joaquim de Vasconcelos e Jaime Cortesão, mas à qual se associa sobretudo o nome de D. Dinis  com as suas cantigas. Rodrigues Lobo (1579-1621) e Afonso Lopes Vieira (1878-1947), celebraram os campos do
Lis e a saudosa evolução de uma " moira encantada" que perdura ainda na memória dos amores do fado de Coimbra.
Em 1135, D. Afonso Henriques mandou construir o castelo. Este foi muralhado em 1195 a mando de D.Sancho I que concedeu o novo foral. D. Dinis mandou construir a torre e transformou a fortaleza em palácio.
A vila desenvolveu-se de tal forma que foi lá que se deu as Cortes de 1254, convocadas por D. Afonso III.  Desde então o local foi muita vez escolhido para a realização de Cortes, a base sobre a qual se construiria o que hoje é o Parlamento. Sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), quando aqui se reuniram as Cortes de 1372, a vila encontrava-se em expansão até às margens do rio Lis.
Ao surgir a Restauração da Independência (1640), o Castelo de Leiria foi uma das primeiras fortificações a erguer o pendão de Portugal. Sem valor militar, entretanto, mergulharia progressivamente no abandono, vindo a se arruinar. No contexto da Guerra Peninsular, no início do século XIX, as tropas francesas provocaram enormes danos à cidade e aos seus monumentos, nomeadamente a Sé e o castelo. O castelo, em ruínas, perdeu o seu valor militar e fora dotado ao abandono. No final do século XIX, por iniciativa da Liga dos Amigos do Castelo, que pretendia fazer um estudo do castelo e iniciar a sua reconstrução. O arquitecto Ernesto Korrodi elaborou um projecto de restauro das ruínas do castelo (Zurique, 1898), que foram classificadas como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.
Em 1915, esta Liga  iniciou as obras planeadas com o auxilio da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais que não aceitou Korrodi como director da obra. De 1916 a 1921 dá-se início à consolidação das ruínas, reconstrução da muralha e da torre de menagem e melhoramento do acesso. Korrodi foi então nomeado director das obras, o seu trabalho desenvolveu-se até 1934( Korrodi abandona o cargo). Embora o arquitecto ter saído  do projecto as obras continuaram com base nos seus desenhos. Foi então que a DGEMN assegurou a continuação da recuperação.
O Castelo encontra-se  aberto para eventuais visitas, destacando-se a torre que tera sido requalificada como espaço museológico onde podem ser apreciados artefactos arqueológicos encontrados e armaria medieval.

Lendas do castelo 

São conhecidas 3 lendas, que envolvem o castelo:
  •  Uma delas diz: estando o castelo em posse dos Mouros, preparava-se o rei D. Afonso Henriques para retomá-lo. Ao observar os corvos que esvoaçavam sobre o castelo, pareceu-lhe que repetiam "agora não, amanhã de manhã". Por essa razão, aguardou até ao amanhecer para desferir o ataque, logrando retomar o castelo.
  • Uma outra lenda conta que sob o castelo existe um vulcão adormecido, responsável pelo aquecimento da água da fonte quente.
  • A última garante que existe uma passagem secreta subterrânea que permite a comunicação do castelo com uma igreja, do lado oposto da cidade.

Castelo de Leiria

 Sé Catedral de Leiria
A Sé de Leiria é uma igreja situada no centro da cidade de Leiria. Foi construída entre 1550 e 1574, sob o projecto do arquitecto Afonso Álvares. A cidade tinha sido elevada a diocese em 1545, a pedido de D. João III ao Papa Paulo III, e face ao facto das igrejas da Nª Srª da Pena e de São Pedro serem muito pequenas para toda a população. A primeira pedra fora lançada em 11 de Agosto de 1550.
A igreja com o passar do tempo sofreu continuas alterações devido à sucessão dos bispos da diocese.
Também foi parcialmente destruída no terramoto de 1755, pelo que de seguida sofreu algumas intervenções que levaram ao seu aspecto robusto actual. Na fachada frontal, da construção original apenas resta os 3 frontais à entrada, dos quais o central é o maior. A igreja foi ainda demolida durante as Invasões Francesas, pelo que em 1811 as tropas de Napoleão lhe lançaram fogo que destruiu grande parte da ornamentação interior. A Sé Catedral é um dos grandes edifícios do Renascimento tardio de Portugal.
A igreja combina os estilos maneirista e barroco, pelo que a fachada tem uma aparência pesada e fria e o interior é simples e tem duas séries de grandes e robustos pilares e 3 naves decoradas com abóbadas.
A Sé tem um grande adro à sua frente, com escadaria ondulada. Este fora mandada construir em 1603-1604 pelo bispo D. Pedro de Castilho.
A Sé de Leiria é das únicas que tem a torre sineira separada da mesma.
Sé Catedral de Leiria















































Igreja nossa Senhora da pena (Séc. XIV/ XV)


Situa-se no interior das muralhas do Castelo, representa a memória medieval da cidade, no entanto está em ruínas. É de salientar que este cenário é propositado e está integrado no espírito romântico do restauro do restauro feito no castelo pelo arquitecto Ernesto Korrodi ao longo do séc. XX. D. Afonso Henriques mandou construir uma capela, em 1135. Passados dois séculos, surgiu um novo templo por ordem de D. Dinis. D. João I e D. Manuel, foram os responsáveis pelo enriquecida decoração e pela construção da sacristia entre a capela-mor e a torre sineira.  É um edifício claramente gótico, a decoração é influenciada pela escola de escultura do Mosteiro da Batalha.





Igreja de São Pedro 

A presente igreja de São Pedro fora construída no final do séc. XII. A igreja chegou a ser utilizada como celeiro, teatro e até mesmo como prisão. Em 1910 passou a ser vista como Monumento Nacional e em 1933 restaurada pela DGEMN. Foi restaurada e foi retomado o culto religioso em 1940. Permanecendo ainda vários elementos românicos como arcos, colunas e capitéis. 
Fonte das 3 bicas

A Fonte das 3 bicas situa-se na cidade de Leiria, perto da Igreja do Espírito Santo.
Surgindo no século XVII, é uma fonte barroca com dois bebedouros para os animais e uma bacia central com três carrancas clássicas. Sobre as carrancas que jorram a água podemos ver ainda uma estátua de Santo António.




Igreja do Espírito Santo
A igreja do Espírito Santo encontra-se entre a fonte das 3 bicas e o Mercado Santana.
Esta igreja foi construída no século XVIII, sobre uma ermida setecentista, e tinha juntado um hospital e uma albergaria para servir os doentes e peregrinos que por ali passavam.
A igreja tem uma fachada barroca, formada por 3 corpos - sineiras no lado e um frontão ao centro. Tem uma única nave, com o coro sobre a entrada, e 3 altares em talha dourada. A igreja possui esculturas como as de São Francisco, e a capela-mor apresenta um retábulo de pedra da autoria de Ernesto Korrodi.
 
Fachada frontal da Igreja Espírito Santo



Igreja e Convento de São Francisco

O convento foi fundado no ano de 1232. Foi realizado no Rocio mas mais tarde mudou-se para perto do rio Lis e do olho do Pedro.
A igreja foi inaugurada em 1562.Tanto um como o outro sofreram alterações nos finais do século XVIII. Por algum tempo o convento serviu de prisão. Em 1861 a igreja voltou para os franciscanos, mas em 1904 encomendaram uma nova igreja e convento a Nicola Bigaglia, que foi instalada ao lado da Câmara Municipal que hoje é chamada de Igreja e Convento da Portela.
O Convento foi então cedido em 1921 a um grupo de empresas, acabando por ser modificado sob o projecto de Korrodi. Já a Igreja foi encerrada em 1950, devido ao seu estado de degradação que foi restaurada sob projecto de João Roda em 1992.
Actualmente, a igreja encontra-se aberta, para além de ser um local de culto também se realizam alguns eventos culturais.


 
igreja e ex-convento de São Francisco

Mercado Santana

O Mercado Santana é um edifício situado no centro da cidade de Leiria. O edifício foi um projecto do grande arquitecto Ernesto Korrodi, este foi construído em 1929. Este edifício tinha como objectivo servir de mercado municipal que antigamente se situava na Praça Rodrigues Lobo. O espaço depois de ter sido recuperado é hoje um centro cultural. Neste edifício também se encontra o Teatro Miguel Franco.
Este edifício está numa fase de classificação de Património Cultural.


Mercado Santana
  Capela da Nossa Senhora da Encarnação


A igreja foi construída no monte de São Gabriel. Diz a lenda que a igreja foi construída porque em 1588 uma mulher inválida, chamada Susana Dias, foi levada para a ermida da igreja, tendo levantado e começado a andar assim que entrou nela.
A igreja tem uma construção  neoclássica, com altar de talha dourada e pinturas evocativas à Virgem e São Gabriel. Tem uma escadaria de arte barroca construída no séc. XVIII com 162 degraus. No alto do monte da igreja as pessoas têm uma vista panorâmica sobre a cidade e o castelo. A Nossa Senhora da Encarnação é a padroeira da cidade, pelo que no dia 15 de Agosto são realizadas as festas em sua honra.

Igreja e Convento Santo Agostinho

A igreja e o convento são um conjunto de edifícios localizados na cidade de Leiria que foram mandados construir pelo bispo D. Gaspar do casal durante a segunda metade do séc. XVII.
Na segunda metade do século XVIII a igreja sofreu várias mudanças que se verificam no seu aspecto actual. No séc. XX a igreja, o convento e também o antigo seminário foram devolvidos à diocese, sendo a igreja aberta ao culto religioso. O convento encontra-se em abandono pelo que actualmente esta instalado neste local o museu de Leiria.

 Fonte  Luminosa

Construída por iniciativa da Câmara Municipal com a colaboração da Federação dos Municípios e com a comparticipação do Governo. A Fonte Luminosa foi inaugurada em 22 de Maio de 1973 ( dia da cidade), e encontra-se situada no Rocio de Leiria. A fonte alberga uma estátua colocada em 1978 em homenagem aos 2 rios que passam por Leiria, que são o rio Lis e o rio Lena.

  Igreja da Misericórdia 

A igreja está situada no centro de Leiria e foi construída em 1544. Foi construída de forma a substituir a igreja de St. Agostinho situada na Praça Rodrigues Lobo, mas esta pouco depois foi destruída. A igreja é constituída por 3 naves e capelas laterais em talha dourada.
A igreja sofreu bastantes alterações no séc. XVIII mas actualmente encontra-se em grande estado de degradação sendo fechada a visitantes. Esta igreja necessita de obras urgentemente mas ainda não foram prometidas. 

  Banco de Portugal

O Banco de Portugal é um dos edifícios mais conceituados de Ernesto Korrodi e encontra-se situado no Rocio de Leiria. Foi construído em 1924 e foi inaugurado em 1929. Foi construído com o objectivo de aí funcionar  o Banco de Portugal, fundado em 1846.
 Mais tarde o banco foi obtido pela Câmara Municipal e após obras foi transformado em espaço cultural, onde estão várias exposições temporárias.

Banco de Portugal
  Terreiro

O Terreiro é uma praça situada no centro histórico da cidade de Leiria. Antigamente, era a zona nobre da cidade, onde se encontravam construídos alguns dos principais solares e palacetes da cidade nos séculos XVII e XVIII, como por exemplo os Atardes. O Terreiro também tinha a designação de Terreiro do Pão e Queijo. Actualmente, é o largo Cândido dos Reis que é um espaço de diversão nocturna com vários bares em seu redor.

Terreiro
 Praça Rodrigues Lobo

A Praça Rodrigues Lobo (Séc. XVIII) é um espaço de grande importância da cidade de Leiria. Foi dos primeiros espaços onde se instalou a população que vivia no castelo, zona que ficou conhecida como Rocio. No passado era chamada de Praça de São Martinho e foi aí que existiu até 1910, a Câmara Municipal, o pelourinho, a cadeia e o tribunal. Desde a Idade Média que a praça funcionou como feira, até ser construído o Mercado Santana.
O espaço era muito frequentado por Rodrigues Lobo, aí homenageado sobre uma estátua inaugurada em 1923. Daí, o nome de Praça Rodrigues Lobo. Hoje em dia a praça tem um papel muito importante na vida comercial e social da cidade, sendo um espaço de diversão nocturna e diurna com cafés, esplanadas e lojas.

Praça Rodrigues Lobo